Sobre capitalismo
Esse poema que vos apresento, escrevi em 2004, vocabulário bem simples, nada difícil de entender. Demonstra o repúdio que sempre tive em relação às desigualdades sociais do nosso país.
O sonho continua vivo dentro de mim.
Sobre capitalismo
Parece que é uma simulação
Tudo tão repentino
E tão instável
Que até parece diversão
É de dar nojo
A rapidez na qual
Muda-se o sentido
Os sentimentos e a razão
Ciranda cirandinha
Vamos todos se danar
Observando o horizonte
Como um cão frente ao mar
Do Império viestes
Ao Império retornarás
Não é bem assim o ditado
Mas este também vem a calhar
Competimos com o mundo
Para podermos existir
Porém isso não basta
Também iremos agredir
Sinuosas invenções
Que usamos como artimanhas
Para podermos nos defender
Da intriga que nós criamos
E já vêm nos oferecer
Um Estado Soberano
Como gostam de se esquecer
Que já começando erramos
Todos sabemos a verdade
Mas os dias se fazem iguais
E para quê mudar tudo
Se podemos viver mais?
Não me tome por descrente
É uma pergunta falaciosa
Daquilo que nos faz parar
Vendo a trajetória perigosa
Sabemos o que é justiça
E sua função para os demais
Mas não sabemos direito
Como é que se faz
Parece arrogância
Mas eu confesso pra você
Eu faço parte desse estrume
Senão preferiria morrer
Quantas dívidas nós temos
Para pesar a consciência?
Ainda nem aprendemos
A pagar a diferença
Sempre aumentamos
Essa divida milenar
E como pedir desculpas
Para alguém que não vai voltar?
O perdão não chega
E a angústia se ascendeu
Em Cristos Redentores
Que o fim já precedeu
O remédio já foi receitado
E que se explodam as facções
Que insistem num passado
De (muito) poucas conspirações
O medo de toda essa cura
É a desordem total
De ver o seu dinheiro
Num outro capital
E que se faça Supremacia
E que se Lute por ela
Que se distingua os que vão crescer
E que, salvem-se as Cinderelas
Quem sabe um dia
Tiraremos o atraso
Alimentando as ilusões
Mandando o resto pro vaso
E nesse dia então
Não vamos sentir solidão
Diremos onde está a alma
Por quê o corpo está no chão.
Loren Borges
O sonho continua vivo dentro de mim.
Sobre capitalismo
Parece que é uma simulação
Tudo tão repentino
E tão instável
Que até parece diversão
É de dar nojo
A rapidez na qual
Muda-se o sentido
Os sentimentos e a razão
Ciranda cirandinha
Vamos todos se danar
Observando o horizonte
Como um cão frente ao mar
Do Império viestes
Ao Império retornarás
Não é bem assim o ditado
Mas este também vem a calhar
Competimos com o mundo
Para podermos existir
Porém isso não basta
Também iremos agredir
Sinuosas invenções
Que usamos como artimanhas
Para podermos nos defender
Da intriga que nós criamos
E já vêm nos oferecer
Um Estado Soberano
Como gostam de se esquecer
Que já começando erramos
Todos sabemos a verdade
Mas os dias se fazem iguais
E para quê mudar tudo
Se podemos viver mais?
Não me tome por descrente
É uma pergunta falaciosa
Daquilo que nos faz parar
Vendo a trajetória perigosa
Sabemos o que é justiça
E sua função para os demais
Mas não sabemos direito
Como é que se faz
Parece arrogância
Mas eu confesso pra você
Eu faço parte desse estrume
Senão preferiria morrer
Quantas dívidas nós temos
Para pesar a consciência?
Ainda nem aprendemos
A pagar a diferença
Sempre aumentamos
Essa divida milenar
E como pedir desculpas
Para alguém que não vai voltar?
O perdão não chega
E a angústia se ascendeu
Em Cristos Redentores
Que o fim já precedeu
O remédio já foi receitado
E que se explodam as facções
Que insistem num passado
De (muito) poucas conspirações
O medo de toda essa cura
É a desordem total
De ver o seu dinheiro
Num outro capital
E que se faça Supremacia
E que se Lute por ela
Que se distingua os que vão crescer
E que, salvem-se as Cinderelas
Quem sabe um dia
Tiraremos o atraso
Alimentando as ilusões
Mandando o resto pro vaso
E nesse dia então
Não vamos sentir solidão
Diremos onde está a alma
Por quê o corpo está no chão.
Loren Borges